Condenado por atos golpistas que estava foragido na Argentina é preso em Cascavel, diz Polícia Federal
10/11/2024
Instituição não informou nome do preso, mas fontes ouvidas pela RPC confirmam se tratar de Moacir José dos Santos, condenado em 2023. g1 tenta localizar a defesa dele. Moacir José dos Santos, de 52 anos, se apresenta como autônomo nas redes sociais.
Redes sociais
O foragido Moacir José dos Santos, de Cascavel, no oeste do Paraná, foi preso pela Polícia Federal (PF). A instituição não revelou a identidade do preso, mas fontes ouvidas pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, confirmaram se tratar de Moacir. Ele foi localizado no sábado (9).
Em outubro de 2023, Moacir foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 17 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. O g1 tenta localizar a defesa dele.
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De acordo com a PF, o homem estava foragido desde abril deste ano, quando fugiu para a Argentina. A polícia informou que ele retornou ao Brasil e foi encontrado pelas forças de segurança.
"A operação de captura foi liderada pelo Grupo de Capturas da Polícia Federal de Cascavel, que, ao receber informações sobre a presença do foragido na cidade, mobilizou uma ação rápida e coordenada para sua prisão."
A prisão também teve apoio da Guarda Municipal da cidade.
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Condenação
Moacir foi condenado em 2 de outubro de 2023 por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Além da prisão, foi fixado o valor de R$ 30 milhões em danos morais coletivos, que será dividido com todos os condenados por envolvimento nos atos antidemocráticos.
Na data dos atos golpistas, Moacir também foi preso.
À época, conforme a Polícia Federal (PF), foi encontrado material genético dele em objetos no Planalto e, ainda, vídeos e fotos da destruição armazenados no celular dele. Para a PF, ele contou que se deslocou a Brasília em um ônibus fretado com mais de 60 pessoas e que buscava um Brasil melhor, sendo defensor das escrituras sagradas.
Segundo denúncia do Ministério Público, Moacir atuou na destruição do Planalto. Quando foi interrogado, disse que a manifestação era pacífica. Também negou ter "praticado violência contra policiais ou membros de força de segurança" e alegou que "não danificou nenhum bem".
Antes da condenação dele, a defesa de Moacir afirmou que ele só entrou no Planalto por instinto e para se proteger de bombas lançadas pela PM.
A defesa pedia a absolvição dele alegando que o homem não cometeu nenhum fato delituoso, não se associou a ninguém e nem estava armado.
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