CNJ decide revogar afastamento dos juízes Gabriela Hardt e Danilo Pereira, da Lava Jato

  • 16/04/2024
(Foto: Reprodução)
Condutas dos juízes, responsáveis pela Vara Federal de Curitiba que comandou a Operação Lava Jato, foi alvo de análise do conselho nesta terça. CNJ manteve afastados dois desembargadores. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por maioria, decidiu nesta terça-feira (16) derrubar os afastamentos dos juízes Gabriela Hardt e Danilo Pereira, da Lava Jato. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, havia, nesta segunda (15), determinado o afastamento de Hardt e Pereira Júnior. Eles são, respectivamente, ex e atual titular da 13ª Vara de Curitiba, responsável Operação pela Lava Jato. Danilo Pereira Júnior, e a ex-titular Gabriela Hardt, que atuavam no Tribunal Regional Federal da quarta região. Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo e JF-PR O ministro também afastou os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima. Salomão afirmou que os magistrados cometeram irregularidades na condução de processos e violações de deveres funcionais. Ele cita o desrespeito a decisões do Supremo Tribunal Federal em relação à Lava Jato. No caso dos desembargadores, o CNJ decidiu manter os afastamentos. O placar ficou: 9 a 6 votos para derrubar os afastamentos de Hardt e Pereira. Também 9 a 6 para manter os afastamentos dos desembargadores. A decisão de Salomão entrou na pauta do CNJ nesta terça. A maioria dos conselheiros discordou do corregedor sobre o afastamento dos juízes. Entre eles, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF). Hardt substituiu o ex-juiz Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, que comandou a Lava Jato. A juíza foi responsável pela homologação de um acordo que viabilizou a criação de uma fundação privada que seria abastecida com recursos do pagamento de multas da Petrobras em investigações da Lava Jato. A fundação teria integrantes da força-tarefa entre seus gestores. Toda a arquitetura do fundo foi visto como uma irregularidade por Salomão. Os valores chegariam a R$ 3,5 bilhões. Ao determinar o afastamento dos juízes, o corregedor ressaltou os feitos da Lava Jato, citou que a investigação produziu achados relevantes para o país, mas que, em dado momento, "descambou para a ilegalidade". Corregedor Nacional de Justiça decidiu afastar a juíza Gabriela Hardt e outros três magistrados Argumentos para a revogação Em seu voto, Barroso disse que o afastamento de magistrado só pode ocorrer por decisão de maioria absoluta do CNJ e que não caberia decisão monocrática (individual) nesse sentido. Para o ministro, o afastamento foi "sumário, prematuro, desnecessário". Até a última atualização desta reportagem, 8 conselheiros do CNJ haviam votado para derrubar o afastamento de Hardt e Pereira. Sergio Moro Como o primeiro juiz da Lava Jato, o senador Sergio Moro (União-PR) também teria a conduta analisada na sessão do CNJ. Mas o conselho optou por tratar de Moro em uma sessão à parte, para não misturar com o afastamento dos magistrados. Abertura de processos administrativos O CNJ também começou a analisar se abrirá ou não um processo administrativo para investigar as condutas dos juízes Hardt e Pereira. O processo pode resultar em sanções que vão até à perda da função. O corregedor, Salomão, votou a favor de abrir os processos. Quando foi a vez de Barroso votar, ele pediu vista (mais tempo para análise do caso). Com isso, a votação sobre abertura do processo não vai terminar nesta terça. Barroso argumentou que as informações sobre o caso chegaram aos conselheiros entre esta segunda e esta terça-feira (16) e que não deu tempo de analisar todo o conteúdo. "Para se instaurar um processo administrativo contra alguém, é preciso que tenhamos acesso mínimo à prova que nem o super homem poderia ter", afirmou. O que disseram as defesas no CNJ A defesa de Gabriela Hardt argumentou que não houve manifestação da juíza quanto ao conteúdo do acordo com a Petrobras. Já as defesa dos desembargadores Loraci Flores e Thompson Flores defendeu que os desembargadores sempre cumpriram decisões do Supremo. Por sua vez, a defesa do juiz Danilo Pereira afirmou que, como juiz convocado, ele não tinha conhecimento de detalhes do contexto dos processos e das decisões sobre eles em instâncias superiores.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/04/16/cnj-forma-maioria-para-derrubar-afastamento-da-juiza-gabriela-hart.ghtml


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